O livro perfeito para ler em uma viagem de ônibus 😉👌

Caro Morrissey ...
Willy Russell


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Livraria Cultura


        Logo na capa há a mensagem que diz "Uma obra prima do humor", há quem concorde com a afirmação, talvez seja a minha falta der entendimento dos costumes ou pequenos nuances do cotidiano dos anos 80/90, época em que a história é narrada.
     
         Russell cria o personagem Raymond Marks, que assim como ele é fã de Morrissey, desde os primórdios de Smiths, banda da qual o cantor fazia parte. Todo o enredo é contado através de cartas endereçadas ao ídolo. O leitor acompanha Raymond desde a sua infância até o final de sua adolescência, a partir da linha do tempo criada temos contato com o processo de amadurecimento do personagens, além de ver seus medos e feridas.
        As coisas começam a dar um pouquinho errado quando uma brincadeira entre colegas da escola é descoberta pela vizinhança, e a partir dai Raymond recebe então o nome de pervertido.

       O  ambiente familiar para ele também não é muito favoravél, o que ele sabe sobre o pai é que, apaixonado por instrumentos musicais, deixou a familia. Sua mãe passa a ter dificuldades para entende-lo depois do primeiro incidente junto aos colegas de escola. A pessoa que se mostra mais próxima a ele é sua avó, com quem ainda consegue dividir alguma coisa.

       Todo o enredo é muito bem montado, mas digo de novo, a melancolia é quem reina,pois percebesse que lentamente um pouquinho de tudo é tirado do personagem e quase nada lhe é entregue novamente, entretanto letras do ídolo Morrissey, seriam uma ótima trilha sonora para a história.

        Eis o resumo que traz o livro:


        O adolescente Raymond Mark não tem tido uma vida muito glamourosa. Seu pai, amante de instrumentos musicais , os quais nunca aprendeu a tocar mais consumiam toda a renda familiar, o abandonou ainda pequeno, deixando o com uma mãe trabalhadora e uma avó decidida, amante de Sartre, embora a familia seja bem working class.

        Raymond teria seus oito minutos de gloria quando aos oito anos, salvou um colega de classe de se afogar, mas, com a descoberta de que os meninos vinham ido ao canal próximo da escola para uma brincadeira envolvendo seus "instrumentos" e algumas moscas, Raymond, acusado de ter inventado a coisa toda, acaba virando um libidinoso precoce. Besta-fera pervertida, a célebre má influência.

        É expulso, vai parar numa escola especial e,  mais tarde, toma rumo da horrenda Grimsby para começar a vida adulta trabalhando numa construção.

        Raymond despeja no papel suas desgraças numa série de cartas a seu ídolo, o ex astro dos Smiths, Morrrissey. 

        Raymond pois, é um menino normal, de uma familia norma, do norte da Inglaterra. Até que, às margens do canal de Rochdale, jogando o inocente jogo de caça-moscas, Raymond começa a derrocada trágica - mas sempre cômica - dos seus anos de adolescência, e a vida dele e sua mãe nunca mais será a mesma. A ele só resta pegar a estrada e a cada parada, abrir o caderno em que escreve suas letras e, naquelas páginas quase todas em branco, confessar tudo - a história completa de sua tragicômica vida - sempre começando por : "Caro Morrissey..."

       
        Por isto defendo que, ao meu ver, o humor é muito, mas muito sutil. Parece ridículo, controverso, mas os sentimentos despertados em mim foram essencialmente de comoção, a sensibilidade do livro é sublime e fica explicita nos poemas que também compõem a história.

        A você deixo a curiosidade para que venham a conhecer de perto a história de Raymond, e a super indicação do livro, "Caro Morrissey...", um xodó.


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Willy Russell

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